quarta-feira, agosto 18, 2010

tomara

tudo o que tenho visto, não sei o que fazer pra tirar de mim. as calçadas e mulheres que ficam permanentes em um lugar e o carrinho de supermecado na frente de uma loja que atravesso a rua quando vejo porque ele esta cheio de garrafas velhas e vazias, todas de bebida de alcool, me lembra meu alcool, o ruim que fica perto e eu vomito e tiro de mim e trago de volta o que eu queria ter separado um tempo ja. ai volta a lembrança e volta meu livro que nao sai da minha cabeça, e volta com tudo isso o amor que me falta, que me faz estar só, que me faz bem estar com os cães, a matilha deles é mais organizada por cheiros e o meu, quando nao tomo banho nao posso sentir, entao preciso de tres dias pra me misturar nesse grupo de pelos e de orelhas desmedidas.
caminho pelo sol, pra praticar a visao que me dizem faltar, mas quem diz é um medico que nao estudou o que eu estudei da vida dos olhos dentro de mim que sao mais pra dentro do que pra fora, sao pra baixo dos meus braços e ficam nas pontas dos dedos. aperto os botoes e aparece na tela o que eu nao consigo falar em palavra e daqui uns dias terei que forçar pra que esse coração de olho suba braço acima e caia no lugar certo da boca e adentre minha garganta. fala tudo, a professora agradece, sou aceita nos olhares de fora, que tambem tem olhos nos dedos e os dedos juntos das maos, podem aplaudir. tomara.

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