sábado, agosto 28, 2010

Arrô.

de manhã, ronco ronco ronco. ai vem o horário certo, a vizinha estridente na janela, claudiaaaaaa. e me ergo por metade, pra promover a cortina pro sol, pra socar ele na minha cara seca de água sem beber e o cachorro pula em mim e me diz que quer sair. saimos, obrigada irmão-fogo, eu te honro e te reverencio, meus antepassados, perdão pelo o que eu possa ter feito, mas já tenho condições de caminhar sozinha e me vem os vômitos estúpidos das pessoas que se oferecem pra comentar o que acreditam ser o homem ideal pra mim. tipo assim. e eu sem saber, sem reação e isso não é comum pros meus últimos tempos. me sinto infantilóide quando acompanho os outros de nem saber onde é que tenho os pés no chão. mas é uma outra história, dessas que são mais problemas das outras gentes. e tão pouco agora penso que gostaria de cuidar dos outros, que eu gosto mais é de cuidar do meu cão, que se enrola preto e branco em mim e não me dá uma cesta de legumes podres pra segurar. como seria bom se todos falássemos cães e sentíssemos os cheiros lá de baixo uns dos outros e pudéssemos nos poupar de tão ridículas apresentações. e eu que também sou cão-não-cão, gosto muito de respirar novidades pitorescas, as árvores e os cheiros de ruas, andamos todos os sete até o fim do dia e obrigada irmão-fogo. eu te honro e te reverencio. me deixe só, me deixe cão. Arrô.

Um comentário:

Fred disse...

Olha, faz que nem esse menino esperto: www.punkbrega.com.br. O Wordpress salva almas.