quarta-feira, janeiro 30, 2008

Minhas Época

Época vem nos dicionário, vem com a gente, não. Era o que alguns bêbado dizia quando eu tava bêbado também. Mas num sou bêbado sempre, só às vez. E também num sou de freqüentar bar, porque lá tem muito dessa gente. Eu, aliás, queria ser estudado. Pelo menos posso dizer que tentei entrar na escola pra saber por que das gente beberem. Só que naquela época, era bem dessas época que eu bebia também. Não como agora, só de sábado e domingo. Eu bebia de quarta e quinta além desses dois dia. Então não deu certo. Fiquei sem compreender mesmo.
Mas eu ainda fumo. É melhor desse jeito porque aí não sinto que estou me matando sozinho. Tá todo o mundo se matando. Então é três maço por semana, quatro garrafa de final. Mulher eu não arranjei, porque naquela época era bem dessas época que eu gostava de várias mulher. Agora eu acho que não tenho época nenhuma porque num tenho bebida e num tenho mulher.
Na verdade, no fundo eu tô procurando uma época pra mim. Já tentei uma Igreja do lado de casa mas essa num é a minha época, não. Já fui no futebol do gramado, mas meu joelho já passou dessa época também. Aí fui ver o carteado na praça, mas acho que essa época num chegou ainda. Tem uma vizinha minha que pede pra eu olhar os filho dela de vez em quando e essa é a única época que eu acho que não tem época. Aí eu olho. E eu vejo nas criança as minha época de bolinha de gude e de bater nos outro. Depois disso eu sempre penso que queria poder voltar nessa época, onde a gente não sabe as que vem pela frente.

domingo, janeiro 27, 2008

2008 começou

Culpa branca. Ainda falta muito?, me pergunta. Desce o véu, como a cortina da minha infância. Quando eu tive um transtorno obssessivo compulsivo e todos acharam bonitinho. Não era bonitinho para mim. Vejo filmes sobre o assunto, não esclarece. E o véu, a grinalda vêm às noites. Uma transparência, uma falta de claridade mesclada com intensa luz. Não sei, este ano é mais um daqueles que eu fico achando que tudo vai mudar. Não muda. Os mesmos homens, mesmas figuras. É assim tão óbvio? Nada poético, devo dizer. Espero tantos sotaques, tantas nuances, vem nada não. Agora estou lendo, tentando me aprofundar, fingir que não participo do contemporâneo, esse mundo youtube. No entanto, vivo sim. Sou como aquelas pessoas bem disfarçadas, cheias de clones, de pessoas que também se acreditam assim.
E já que estamos nesta fábrica de Huxleys, vamos lá. Mais um ano entra, mais um sai. As rugas vêm, nada satisfaz.