segunda-feira, setembro 17, 2007

Broncopneumonia

Eu vim correndo pra esse mundo. Corri dela, eu ainda corro dela. Tampa e destampa minha ferida sempre que pode. E agora corro do mundo, corro de tudo. Vivo com pressa. Queria parar de me ser por alguns segundos. Ser você, você que eu nunca vou saber o que é. Ou então ficar presa num cativeiro por dias, sem água. Emagrecer oito quilos. Sair de lá, pegar todo mundo pelo braço e sussurrar seus escrotos. Gritava vocês não sabem o que é isso. Eu cheguei no limite da minha dor, seus escrotos. Vocês acham que é uma grande piada mas não sabem de nada, seus escrotos, seus pernas, bando de cornos. Porque eu sou a chaleira, eu sou o ferro, eu sou o que queima, eu sou o inferno. Vocês riem, se desenrolam na minha cara, mas eu sim, eu sou uma ilha.

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