quarta-feira, fevereiro 23, 2005

O aborto do amor

Existe paixão agonizante? Do desespero que é se ver distante do objeto amado à fraqueza de se entregar à agonia do amor… Essa margem não se afoga num vazio muito grande.
É preciso que o amor entenda que está a um passo da agonia para deixar de ser apenas ele mesmo.
Quando se entrega à decadência, o amor já não mais se sustenta sobre os pés de ser um único sentimento. As misturas agonizantes não muito raras são de ciúme-posse-amor; ciúme-ódio-amor; inveja-ódio-amor; competição-ódio-amor; competição-ciúme-amor; posse-competição-ódio. E o amor abandona o corpo porque não reage mais à mistura. Tardara sobreviver à chance de retornar a ser apenas o sublime, o encantável e desnudo amor.

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